E na dança dos planetas temos passos nada flexíveis, inexistência de paciência, ações impensadas, guerras, disputas por lideranças, rompimentos, temor, implosões, radicalismos, desprendimento, maturidade, catarses, erupções, tempo, impaciência, ação e reação, instabilidades..
Quem são esses protagonistas que tecem passos que dependendo onde tocam derrubam aviões, provocam tsunamis, mortes de inúmeras pessoas..? Falamos aqui de Marte, Saturno, Urano e Plutão, Áries, Caprica e Escorpião.
Na ordem dos signos apresentados temos as regências de: Marte, Saturno, Marte e Plutão, sim, o planeta vermelho e esquentadinho está presente em dois dos signos citados aqui, o que ele quer?! Entre outras coisas é apertar o botão do phoda-se.
Cada um dos viventes na terra estão passando em maior ou menor escala por transformações, algumas mais ansiosas ou outras mais ociosas: – Marte conjunto Saturno em Escorpião é um cabo de guerra entre a ansiedade e o tempo das coisas, podendo levar a mudanças drásticas ou a temer as mesmas.
Dentro desse enredo todo, estão necessidades de demarcação de individualidade, espaço, território, maturidade, Urano em Áries anda contribuindo para ações violentas e inesperadas, mudando o contexto de tudo a sua volta sem ao menos perguntar quem está disposto a ela, causando assim um levante de tormentas internas com doses elevadas de ansiedade. O que se quer é pra ontem e não pra hoje.
Por outro lado, temos Plutão em Caprica espelhando a foice e buscando de toda forma encontrar a marca do compromisso de cada um, onde esse trato atinge a vida? Ele conversa com as cicatrizes ainda pulsantes que necessitam ser arquivadas de forma consciente. Caprica a terra cardinal que busca do esforço diário a conquista do seu espaço, Plutão chega com a lista na mão e indica o que deve ou não ficar nesse caminho.
Hoje a dança dos planetas se encontra assim, Marte e Saturno Escorpião, tenso com Júpiter Leão e Urano Áries tenso com Plutão Caprica. Não há mais tempo para se criar a espera, tudo está no seu limite para definições boas ou não, afinal, não é todo mundo que gosta de lidar com o tempo que mesmo mostrando aparente paciência, segundo após segundo segue seu caminho, enquanto o tempo de cada um vai se esvaindo feito grão de areia pela ampulheta.
Ainda que os mais doces e sensíveis busquem o adiamento, até pelo medo do enfrentamento das coisas, o tempo não deixa de cobrar sua passagem e cada instante se afunila mais o encontro dos pontos finais. Como se aqui, o hoje, tecesse um caminho que não pode mais permear o amanhã, não da forma que se encontra no agora.
Os limites e onde eles devem ser colocados está impresso no interior de cada um, é quando a noite se faz que o inconsciente também vibra demonstrando entre sonhos ás vezes nada carinhosos que não dá mais para ficar sentado esperando que o mundo se resolva e tudo se torne um lindo campo florido.
As transformações tem como mote a maturidade, o desapego, o encontro com o Eu e a impressão real da individualidade, continuar dando soco na ponta fina que corta não é mais (e acredito que nunca foi) sinal de força ou de domínio da situação, o entorno explode pela falta de atitude interna, achar que a mudança deve vir do outro só é válida quando o outro é o próprio reflexo nu no espelho.
Para sair de toda essa tensão é começar a parar de temer as mudanças e amadurecimentos ao invés de se lotar de atividades ou fugas para não ter tempo de escutar a própria consciência. Evitar o hoje é ter a certeza de cada grão do tempo vai continuar a cair e que no final do tempo, pode se encontrar o vazio pela falta da atitude singular.
dia de Júpiter – hora de Vênus.