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Que a dança anda tensa, que há programações que fogem completamente aos queres e a ansiedade e a emoção à flor da pele está dilacerando os fluxos todo mundo vem vibrando e percebendo que como está não dá para continuar.

Olhando para a dança dos planteas, temos Júpiter retrô em Leão, uma “revisão” do que se compreende de si no mínimo vem sendo pedida, e não é de hoje. O mesmo planeta que expande e dá glórias, também retrai e pede novas formas de se organizar essa vida singular.

Como se vem olhando essas particularidades? Como se portar diante de instantes que podem ou não desencadear questões que tragam brilho ou sombra a cada um? Penso aqui, que por ser em fogo, qualquer mudança pode sim gerar ansiedade ou a completa noção de algo precisa de reestruturação.

Por outro lado, temos uma galera de peso transitando por Áries, outro fogo do mapa, temos Marte, Urano retrô e Vênus já sentindo o cheiro do pasto taurino logo ali.. Marte regente de Áries quer mais que tudo se movimente e traga o novo. Urano a faísca celeste, alecera o tempo da dança e indica as mudanças, enquanto Vênus dança e olha onde pode conseguir prazer.

Em outro canto do salão, Plutão Caprica segue pelas terras reestruturando tudo. Regente contemporâneo de Escorpião, onde a Lua está hoje, indica que não há mais tempo para fingir que tudo está bem. Vejo e sinto muito movimento em busca de entendimento, próprio e dos fluxos que seguem e nos circundam, quando não nos atravessa..

No arremate final, a última nota é tocada por Saturno em Sagitário, também fogo, também libertário, repleto de horizontes e coices. A dança tem um tempo já, vem pedindo estudo, sim, pisar no pé da parceria da dança, mesmo que seja o próprio pé não é dos tons mais elegantes que existem, mas mesmo assim, ainda há espaço para muita manifestação sem fundamento.

Buscar os pontos sensíveis para a quebra do fluxo é ter em mente que sem ter alimento mental e corpóreo não há como romper com fluxos viciados da preguiça que nutre apenas a mesmice. Ainda assim, há muita dificuldade para lidar com esse novo que vem aparecendo e cutucando pontos fixos de cada um.

Mais do que nunca, a dança abre espaço para reflexões e concontros singulares para novos caminhos e sensações. Buscar o entendimento micro é o caminho para alcançar o diálogo no macro, pairar apenas no que a mente tem como inteligência da crise, é perder a grande oportunidade que a dança abre a cada instante para as novas formas de contatos.

Usar do bom tom agora, é ter consciencência que é necessário se conhecer e se reconhecer em si, não ter a ansiedade de presupor que tudo se sabe e ignorar o encontro com mais saber, principalmente o próprio. Abrir espaço interno é deixar fluir sem travas a limpeza necessária, seja mental, corpórea, material, abrir esse espaço hoje é fluir livremente dentro de tantos tensos e leves aspectos dessa dança.

Ter pauta para poder conversar entre si e entre todos é não se perder no raso cabeçalho da vida, é ter a coragem agora de se aprofundar e gritar pelo que realmente se comunica com o micro e com o macro, ao invés de sentar e deixar toda a lamúria virar sentimento deprimido e acobertado por tantos dizeres e costumes que se teme ir contra.

Quer virar a dança, quer conduzir mais que ser conduzido? Pare de chover no molhado e abra o peito para as mudanças, só não esquece que é do micro pro macro.

dia de Marte – na dança dos planetas.