Untitled painting 4 -by Olivier de Sagazan

15H56 do dia 18/04 temos a lunação em Áries, vinda lá de Peixes com o levante de informações que estavam guardados no fundo do fundo do inconsciente, sim, Peixes trouxe uma tsunami à tona. Agora em Áries, se torna nova com o cunho do fim e do desapego, para tudo que for desnecessário.

A indagação que nunca cala é:  – porque carregar tanto peso que deixa até a alma corcunda? Tudo bem, apegos que não os tem, mas a conversa é tão atinga que até cansa de dançar, insônias, dores de cabeça, dor de estômago, agressividade gratuita e por ai, tantas patologias do não desapego, ou da aceitação que sim, chegou ao fim.

Nessa Lua nova, embalada também por Plutão retrô Caprica, deixa claro que não há mais espaço para brincar de desapegar, ou deixar a fala bonita aos olhos alheios do tipo “ah sim, super bem resolvido em mim” quando na verdade a picuinha do apego e a vontade de não abrir mão reina.

Enquanto ainda houver espaço para pisar no próprio pé dentro da dança, ainda haverá espaço para a má digestão do futuro com cara de passado.

Plutão, hoje está estácionário, dando o arremate final ao nó que estourará feito articulação grossa, sim, nessa madrugada ele ficará retrógrado de vez. E você, continuará estalando sem fim com medo da diferença que se apresenta com medo de encarar a troca da base?

Uma vez que aparecem as rachaduras nesse piso para evitar que o mesmo se desmanche em pedaços, há a necessidade de se colocar limites e encarar de frente que o ontem não cabe mais no futuro pretérito da vida, e aqui é o lugar de abrir espaço para os novos fluxos e reconstruir o chão singular que se transita.

Claro que se pode ficar no tempo errado da dança e não parar nunca de tropeçar no risco do disco, mas sinceramente, sua vontade da mesmice é tão grande assim?! Tem certeza que é muito mais importante o status que a realidade?! Sim, a realidade é crua, a imaginação contem as cores e sabores que cada ser escolhe, mas e quando até a imaginação perde a cor?

Lá em Áries, onde a lunação acontece, tem Urano que entre seus giros sempre toca Plutão e levanta as diferenças, incomoda, faz com que cada pessoa tenha que reconhecer (mesmo não querendo) que tudo é fluido e não há como manter a mesma forma para semper. Muito menos o desejo que tá mais que rasgado na cara que não se concretizará.

Cada mente singular sabe muito bem onde cada dobra do tavesseiro e a própria dobra se derrama e pede o próprio avesso – insônia, estômago atacado, irritação, medo, inflamações.., o corpo sente e pede tempo para poder compreender onde a teimosia se finca.

Por mais desejado que seja algo, há momentos na dança que se sabe muito bem se tal parceira finca ou finda, e no caso de findar, pode-se pular o quanto for, nada fará que o ciclo se interrompa só por vontade infantil. Lá pelas regras dos fluxos da vida, tudo é contínuo e quem estanca é o ser e não a história.

Assim, nada mais fiel ao próprio fluxo e ao amadurecimento que saber abandonar o barco quando o mesmo está cansado da mesma onda, frequência e ou capricho. De nada vai adiantar ficar batendo o pé, ou isultando com a língua só pelo fato de não saber abrir mão.

Desapegar, amadurecer, crescer, ir a diante, não olhar de canto de olho, aceitar que cada ser pode ser singular e que sua verdade nunca terá a força para modificar o outro, é conseguir entender que cuidar de si e não arrastar o desnecessário é a chave da fluidez.

Ter e mente que nem você é o mesmo de 01 segundo atrás, é a grande sacada para avançar 05 casas e conquistar a leveza, abrir espaço para si e assim, para conseguir compor com o outro e com tantos outros forem necessários em encontros saudáveis, é dar cabo da lunação de amanhã e do bom dia com Plutão retrô de novo.

dia de Vênus – na dança dos planetas.