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caranguejo ta na terra, na agua e no coqueiro, caranguejo é um ser apegado, e tb a carapaça, onde vai, leva ela consigo, como se fosse faltar casa pra dormir, comer, amar..

hoje temos oposiçoes tensas na dança dos planetas, de um lado, o sol q segue pelos graus finais de libra em oposiçao com urano, sem falar de mercurio, tudo causado e revirado, mudanças, atrasos, desencontros de pensamentos, ser e estar.. e nao bastando, a lua esta imediatamente na mira de marte e plutao em caprica. lua q segue pelo conforto das memorias e raizes, que segue sem compreender pq é tao complicado abrir espaço para viver o presente e pq nao, sua propria energia, sua vida.

marte e plutao que andam causando geral na terra de caprica, movimentando, cortando e transmutando seja no alto do orgulho, ou da montanha, ou pelas dobradiças dos joelhos indicando que nao é possivel carregar o mundo e sair feliz depois..

esse marte e plutao estao perturbando a dança da lua, toca a carapaça como quem abre coco na praia. causa nos minerios indicando que nao ha mais tempo para ficar recusando a troca do chao, o engavetamento de tempos vividos, d desepegar do desejo mole em acreditar que salvara tudo pois o outro so que nao percebe a necessidade de mudar.

a sexta dia de venus que segue por sagitario vermelha e ao encontro de saturno q deixa claro nos humores que transpor barreiras é tb compreender que se salva quem quer, que a natureza nem sempre é bela e calma, mas mesmo assim deve-se seguir, com a certeza de casa limpa e arrumada.

pensando nessa venus, ela ja ressoa saturno, ela ja esta proxima o bastante para borbulhar ar quente e seco dentro d’agua, ja transborda dentro do copo necessidades de falas coerentes com a terra q deseja plantar e colher frutos futuros d dias vividos no hoje.

o humor do dia tende ao pesadelo para quem desenha desejos no lirico, no sonho, no iluminado mundo da imaginaçao. o humor do dia segue entre pancadas de chuva e pedras congeladas, segue como quem tenta abrir sol entre estranhas certezas de q reacertos sao necessarios..

marte e plutao em caprica seguem feito remexer de cova profunda, mas nao de forma a causar enjoo ao redescobrir penados sentimentos, mas segue feito vento e nevoa abrindo espaço dentro da lama para que renasça o desejo de ser, de construir estados em si maduros.

caranguejo compreende a vida do cheiro quente da cozinha e das raizes q compoem vida e nutriçao, sua carapaça dura de minerios e cores imensas resseca ao primeiro sinal de mudança, ao primeiro contato com necessidades de remexer em si, afinal, quem é q gosta..?

marte e plutao tocam a lua caranguejo, oposiçao sentida pelos humores impossiveis de calcular, pelas aridas sensaçoes da realidade nua, crua e fria. pelo dia cinza q nao combina com dia de venus, mas combina com venus flertando com saturno.

e assim, la do alto da montanha ou dos joelhos rangendo caprica segue com o catarse interna, sentindo o refluxo de marte e plutao revirando dentro e ressoando fora. desmoronando terras, trepidando imensidoes para q se possa seguir inteiro entre montanhas e planices.

o humor pesa, é sexta, ontem era calor, hj ta ameno.. quem sabe chega no frio. caprica reconhece essa realidade, reconhece q mesmo sendo um pensamento de cada vez tem hora q a terra treme e sobe camadas infinitas formando novos espaços de terra, ilhas, vulcoes e pq nao, com lua caranguejo, geiseres d aguas quentes..

biografia do orvalho

4

me achei como aqueles des-herois d callais
q rodin esculpiu: nus de seus orgulhos e
d suas esperanças. so de camisoloes e de
cordas no pescoço. pesados d silencio e da
tarefa de morrer.

(morrer é uma coisa indestrutivel.)

– manoel de barros

dia de venus – dança dos planetas – lua caranguejo.